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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Depois da casa arrombada...




O que falar diante de tamanha tragédia, como a que aconteceu em Santa Maria/RS?
Falar da dor da perda?
Falar do que poderia ter sido feito?
Falar de justiça ou injustiça?

Diante dos fatos - a perda de mais de 235 vidas - fica difícil externar o sentimento que rumina dentro de cada um de nós. Mas, o que vem a seguir é o que devemos conjecturar.
Enquanto centenas de famílias choram e clamam por justiça e a mídia alardeia os culpados, ora imputando mais culpa em um, ora minimizando para  outros. Vemos também medidas impostas na força do imediatismo.

Por todo Brasil, além do sentimento de revolta, observamos que houve uma espécie de ARRASTÃO da fiscalização, com governadores emitindo notas e determinações para que seja feito isso e aquilo, em nome da preservação da vida... Vemos também a vontade ‘anormal’ de outras forças constituídas, tais como, Bombeiros e Ministério Publico em mostrarem serviço.

O que podemos deduzir diante de tais praticas emergenciais?
Evidentemente, que não sou nenhum especialista e estou aqui fazendo algumas ilações, mas, o que me vem à mente é que precisou de uma tragédia para que, efetivamente, as autoridades (in) competentes fizessem o que deveria ser uma de suas atribuições, que é FISCALIZAR.

Se só agora, entra em cena o Ministério Publico e os Bombeiros e constata-se que em alguns casos, nenhuma casa de show deveria estar funcionando, (Alagoas, por exemplo) pergunto: O que VOCÊS, estavam fazendo até agora? Será que estavam rezando pela cartilha do ‘jeitinho brasileiro’? Ou seguindo a máxima de que, ‘o que os olhos não veem...?

Depois da perda de vidas, que tinham um futuro todo pela frente, autoridades veem a publico, mostrar como se faz, como se trabalha...

O que vejo, é que VOCÊS assinaram um atestado de INCOMPETÊNCIA geral, diante do povo brasileiro. Vocês também têm que ser responsabilizados, pois se omitiram diante de uma tragédia eminente.

Agora, diante da casa arrombada vêm com toda pompa, mostrar o que todo mundo já sabia, que não há segurança nas casas noturnas. E que só agora, as medidas de prevenção devem ser tomadas? A que preço?

 A vida de milhares de pessoas, aí incluímos os familiares, não tem preço que pague, senhores.

A responsabilidade tem que ser dividida com Ministério Publico, Bombeiros, Vigilância Sanitária, Secretarias de meio ambiente e Gestores Públicos, pois são OMISSOS. Deve recair, também, sobre os donos de casas noturnas e empresários, tanto da noite, quanto de bandas, pois só a GANANCIA por mais dinheiro, os move. Quantas e quantas vezes, já não ouvimos em nossa Arapiraca, que tal show estava cheio demais? Ou seja, a segurança dessas vidas, é relegada a segundo plano, pois o que importa é o faturamento.
Diante de tamanha irresponsabilidade geral, só resta aos frequentadores e possíveis vitimas, fiscalizar e DENUNCIAR os lugares que frequentam, pois pode não dar tempo...

Aos pais, antes que sintam tamanha dor e tenham perdas irreparáveis, bisbilhotem, vasculhem os lugares que seus filhos frequentam, antes que não der tempo...

E a nós, contribuintes e pagadores dos salários das autoridades, cabe denunciar, gritar e exigir que façam o trabalho a que foram destinados e que não venham com ações midiáticas e mentirosas, depois que a casa for arrombada.

Esta é minha opinião, porque calado qualquer idiota parece inteligente.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Água? Só nos olhos.














  “Ter 50 anos, para a Casal, significa nascer a cada dia. Por isso, a empresa está sempre se renovando”... Com essas palavras, proferidas pelo presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), faço uma reflexão: Se com meio século, se nasce a cada dia, quando começaremos, de fato, a crescer?

  Esta empresa, que nas palavras do seu presidente, ‘é pequena e de grandes resultados’ e já conquistou prêmios por excelência, parece que deixa a desejar com seus clientes. Fato este, que contrasta significativamente com as palavras do presidente do Conselho de Administração, quando diz que, teve ‘(...) avanços e conquistas da Casal, bem como de mudança de paradigma e choque de gestão.’

  Quanto mais releio essas palavras, mais indignado fico. Pois essas figuras ilustres devem viver em outro mundo que não o nosso. Talvez o mundo deles, tenha água todos os dias para desfrutarem de um bom banho de chuveiro, ou quem sabe de um banho nas suas magnificas piscinas.

  Enquanto isso no mundo real, senhores presidentes, as torneiras estão esturricando de secas. Não temos água, nem para realizar as mais simples tarefas domesticas, como por exemplo, tomar um bom banho. E sabe qual é o choque de gestão ao que o senhor se refere? É a conta que chega impreterivelmente todo mês. Quer tenha água ou não.

  Os vários prêmios recebidos e alardeados como vitória, das gestões maravilhosas, ditas pelos senhores, deveriam ser entregues aos consumidores, que tanto sofrem pela inoperância e ineficiência, desta, agora, tão comemorada empresa do governo de Alagoas.

   Se neste meio século de vida, esta tão premiada empresa, não assiste ao Estado, como um todo, cobrindo tão somente 75 municípios, o que temos a comemorar?

  Ao contrario dos senhores, que com certeza não têm esse problema de falta de água, nós pobres consumidores, lamentamos profundamente as privações por conta de uma empresa, que serve unicamente para ser mais uma estatal, cabide de emprego e moeda de barganha de acordos espúrios, promovido por um governo inerte e fanfarão.

  Quantas e quantas vezes, não ouvimos promessas de ampliação, disso e daquilo? Quantas vezes não ouvimos propagandas com cifras milionárias, sendo alardeadas, para construção de, sei lá mais o quê? 
  Vocês estão certos, em louvarem o seu chefe, o governo do Estado e de todos os Alagoanos, mas, nós não somos obrigados a ouvir estas falácias e ficar como lagartos, balançando a cabeça, em sinal de positivo.

  O que queremos, é fator primordial para a sobrevivência. Não estamos pedindo esmola, estamos exigindo os nossos direitos como consumidores e cidadãos que somos. E não me venha com essa de carros pipas, como forma de minimizar os efeitos da estiagem. Pois nós bem sabemos, qual a moeda que é usada para se obter esses ‘benefícios’.

  O que mais causa admiração, é que parece que só o povo -o cidadão comum- que sustenta toda essa corja de parasitas, sofre com a falta de água. Pois não vejo movimento nenhum, dos ditos representantes do povo, em agir com alguma coisa. Calam diante do sofrimento daqueles, que até a uns dias atrás, eram muito importantes para a mamata que eles estavam almejando.

  Governo do Estado fanfarrão, políticos barganheiros, falta de água, povo com sede e muita, mas, muita propaganda. Esse é o retrato atual, do nosso Estado. 
  Este é o quadro pintando, não com as cores da mentira, mas, com a indignação de um povo que clama por água em suas torneiras.
 Água? Só nos olhos...

 Esta é minha opinião, porque calado qualquer idiota parece inteligente.